Portugal perdeu, nestes últimos dois dias, 2 homens ímpares na história deste país: o primeiro, Vasco Gonçalves, e agora, Álvaro Cunhal.

O país deve muito a Álvaro Cunhal na luta pela liberdade, pela democracia e pelo combate às injustiças sociais – em suma, pelo respeito, pelos seres humanos e pelos seus direitos.

Só um homem profundamente humano poderia ter dedicado a sua vida por inteiro à luta pela transformação do mundo e pela dignificação dos homens e das mulheres.

Só um homem tão inteligente poderia ter tanta resistência na luta a que se dedicou, que o levou a ser vítima de tantos anos de prisão e das mais atrozes formas de tortura, mas a nunca desistir.

Álvaro Cunhal era um homem cheio de convicções e extraordinariamente culto, que deixou um património artístico riquíssimo, retratando a luta que abraçou. A este revolucionário, que semeou o espírito da justiça social, “Os Verdes” prestam a sua homenagem. E a melhor forma de homenagear Álvaro Cunhal é ter, como ele dizia, “confiança no futuro, na humanidade e no seu país”.

À família de Álvaro Cunhal e ao Partido Comunista Português, “Os Verdes” manifestam as suas mais sentidas condolências.

O Gabinete de Imprensa
Lisboa, 13 de Junho de 2005