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08/03/2019
Intervenção de Mariana Silva, primeira candidata do PEV na lista da CDU - Apresentação dos candidatos de Os Verdes ao Parlamento Europeu
Intervenção de Mariana Silva, primeira candidata do PEV na lista da CDU - Apresentação dos candidatos de Os Verdes ao Parlamento Europeu (7 de março de 2019, Estação de S. Bento - Porto)

Bom dia, companheiros e amigos!

Permitam-me saudar-vos em nome do Partido Ecologista Os Verdes e agradecer uma vez mais a vossa presença.

O Porto foi a cidade escolhida para a apresentação dos candidatos dos Verdes na lista da CDU ao Parlamento Europeu. A Estação de São Bento é um local de partidas e chegadas, de despedidas, de saudações efusivas, de aventuras, de solidão. Estas paredes são testemunhas diárias do frenesim da cidade de quem vai e vem. Nos últimos anos têm sido o palco principal do turismo, sendo comum ouvirmos os guias bem cedo a explicar a história dos belos azulejos, com este espaço cheio de gente de todas as partes que procura conhecer a cultura dos portugueses.

Esta estação foi escolhida para que, deste espaço emblemático, Os Verdes assumam a acção ecologista e o compromisso com o Futuro. Temos um compromisso com as populações que se faz do dia-a-dia assente na acção de tantas mulheres e homens, de que se destacamos eleitos da CDU, pela sua proximidade junto das populações e dos seus problemas. Através desta proximidade continuamos a dar o nosso contributo para uma Democracia plena em Portugal, seja a nível local, no nível nacional e até no quadro da União Europeia.

Caros companheiros e amigos, No dia 26 de Maio os portugueses vão ser chamados para mais um acto eleitoral em que se decide quem serão os deputados eleitos para o Parlamento Europeu.

O PEV concorre integrado na CDU, Coligação Democrática Unitária que, para além do PCP e da Associação Intervenção Democrática, inclui ainda numerosos independentes, homens e mulheres sem Partido, que partilham connosco a dimensão da defesa da justiça social, do respeito pelos direitos dos cidadãos e do desenvolvimento, em que a defesa da diversidade natural e cultural assenta em modos de vida saudável e solidário.

A situação do país exige nestas eleições, para o Parlamento Europeu, a eleição de deputados empenhados e comprometidos com essas causas, com a defesa das especificidades, das potencialidades, dos interesses e da soberania nacionais.

As políticas promovidas pela União Europeia não têm garantido respostas sólidas para as questões do país, como por exemplo ao nível da Política Agrícola Comum, bem como a grandes questões a nível mundial como são as Alterações Climáticas ou a Paz. Pelo contrário, a União Europeia promove políticas que agravam esses problemas, como são exemplos os Tratados de Comércio Internacional que, ao liberalizarem o comércio, têm como consequência o incremento de práticas agrícolas e industriais lesivas do equilíbrio ambiental e são potenciadoras das alterações climáticas, bem como a cumplicidade com as políticas de ingerência dos Estados Unidos da América e da NATO, com o seu cortejo de vítimas.

Todos os dias ouvimos apelos às mudanças de comportamentos dos cidadãos, mas não chega apelar aos cidadãos, é necessário exigirem-se políticas de fundo que protejam os nossos mares, os nossos solos, que promovam uma alimentação saudável, que preservem a biodiversidade animal e vegetal. São urgentes políticas e medidas que ponham fim à delapidação dos recursos naturais e promovam o equilíbrio entre o homem e a natureza.
Estas eleições realizam-se num momento em que precisamos de consolidar os passos dados após o período negro da Troika e das imposições da União Europeia que travam o desenvolvimento do nosso país, que empobrecem o povo português e num passado recente expulsaram os jovens portugueses para os vários cantos do Mundo. Estas eleições realizam-se num momento de conflitos mundiais, de migrações e de perda de biodiversidade.
É necessário Avançar. O voto dos portugueses é decisivo para se Avançar na procura das respostas adequadas a estas e outras grandes questões. Nos últimos anos de governação em Portugal tornou-se visível o quanto a voz dos Verdes e dos eleitos da CDU é importante para a procura de respostas e de soluções para o desenvolvimento do país, e o quanto será importante também uma voz Verde na União Europeia.

Companheiros e amigos,
Os Verdes apresentam-vos hoje não só os seus três candidatos, que representam o país, com experiência das suas localidades, dos seus locais de trabalho, da luta pelo bem comum. Candidatos com trabalho realizado junto das populações, trabalho reconhecido pela coerência e firmeza de princípios.

Hoje o Partido Ecologista Os Verdes também anuncia os 10 compromissos com que parte para as eleições ao Parlamento Europeu de 2019.
O compromisso de defender os interesses nacionais no Parlamento Europeu. A primeira obrigação de cada deputado português é defender que as políticas da União Europeia atendam às especificidades e potencialidades do nosso país e do nosso povo.

Defender as pessoas e os seus direitos em comunhão com a natureza. Assegurar um compromisso ecologista, significa garantir uma justiça social e ambiental promovendo uma democracia participativa.

Valorizar o transporte público e uma mobilidade sustentável, a preços baixos, confortáveis e com horários diversificados que dêem as respostas às necessidades das populações, para criar hábitos de substituição do transporte individual pelo colectivo, contribuindo também para atingir os objectivos de descarbonização.

Promover a eficiência energética transitando para as energias renováveis. São necessárias políticas de poupança energética e de promoção das energias renováveis limpas e diversificadas com particular incidência na energia solar.

Desenvolver a Economia Circular mais verde, inovadora e justa, recusando os Tratados Internacionais de Comércio que comprometem o ambiente, tendo em vista apenas os grandes interesses económicos.

Proteger a Natureza e a Biodiversidade, promovendo uma floresta diversificada, combatendo a monocultura florestal com fins industriais e promover as espécies autóctones reforçando os meios financeiros para tal. Recusar a canalização de fundos comunitários para o Eucalipto e outras espécies de crescimento rápido.

Produzir e consumir local, alimentos livres de OGM e pesticidas. Produção local e consumo local permite, não apenas incrementar a economia local, como promove práticas agrícolas mais amigas do ambiente, oferecendo uma alimentação mais saudável para as populações.

Combater a poluição do ar e da água, reduzir os plásticos, proteger os rios e mares. Torna-se cada vez mais importante proteger as populações dos inúmeros riscos para a saúde através da ingestão ou inalação de químicos, hormonas, nitratos ou micro-plásticos. Promover a democracia e da Paz. Exigir que a UE deixe de ser um “condomínio fechado” de eurocratas longe das necessidades e das vontades dos povos e exigir que a União Europeia seja promotora de políticas de paz dentro e fora dela.

Lutar por direitos iguais para todos e defender o direito ao asilo. Contra a violência de género, contra a discriminação, contra a desigualdade.
Deixámos este compromisso para último para aproveitar para lembrar que hoje é dia de luto nacional pelas vítimas de violência doméstica. Relembrando também que Os Verdes estão nesta luta todos os dias, não podemos deixar cair no esquecimento todas as mulheres que pagaram com a vida a falta de protecção, ou o descrédito na hora da denúncia e a angústia de serem novamente humilhadas e expostas, reafirmamos que infelizmente, em pleno 2019, ainda temos um longo caminho para trilhar até atingirmos a igualdade de direitos, no trabalho e na vida e assim exigirmos o fim da violência de género.

Da estação ferroviária de São Bento, no Porto, Avançamos, abrindo um caminho novo, um compromisso com e pelos jovens, com e pelas populações, com e pelos trabalhadores, com e pelas mulheres, com e pelo ambiente. Avançamos e contamos com cada um de vós, com cada um de nós, para continuarmos a afirmar que quanto maior for a força dos partidos que constituem a CDU, mais perto estaremos de concretizar as políticas certas para desenvolver Portugal.

Com Os Verdes e com a CDU
Por uma Europa mais verde, mais justa, mais solidária.
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