A DGEG (Direção Geral de Energia e Geologia) confirmou ontem a Os Verdes a pretensão da empresa Lusorecursos Portugal Lithium, S.A. de vir a fazer novas intervenções de prospeção, na área pretendida para a mina do Romano, antes da Avaliação de Impacto Ambiental, ao abrigo de uma disposição prevista no contrato de exploração.

Questionada pelo PEV, a DGEG afirmou ainda não ter dado autorização para as mesmas, pois tem de avaliar primeiro os pareceres dados por nove entidades (entre as quais APA, ICNF, CCDR-N, Câmara Municipal, etc.) que tinham de ser obrigatoriamente consultadas.

Os Verdes opõem-se firmemente a qualquer nova intervenção de prospeção no terreno antes da AIA, atendendo ao facto de as prospeções anteriores terem tido impactos graves sobre os recursos hídricos, secando três nascentes e deixando uma aldeia sem água.

Os Verdes alertam as populações e a Associação Montalegre com Vida para esta situação, advertindo para o facto de a empresa não poder intervir nos terrenos sem prévio acordo dos seus proprietários e comprometem-se a, por via parlamentar, exigirem conhecer os pareceres dados pelas entidades consultadas.

Para Os Verdes, esta possibilidade aberta pelo contrato de exploração, à revelia de qualquer acordo com as populações, é demonstrativa da pouca transparência e do tortuoso caminho deste processo.