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03/08/2006 |
NÃO AO NUCLEAR TANTO EM PORTUGAL COMO EM ESPANHA |
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O Partido Ecologista “Os Verdes” está decidido a desempenhar todos os esforços no sentido de impedir a instalação de um cemitério nuclear junto à fronteira nas margens do rio Douro, possibilidade esta que está novamente em aberto com a candidatura de uma pequena localidade espanhola para acolher 6700 toneladas de resíduos e combustíveis radioactivos.
“Os Verdes” estão preocupados com os enormes riscos em termos de segurança nuclear que esta situação acarreta, para já não falar da contaminação radioactiva das águas do Rio Douro.
Face a esta grave possibilidade, a deputada ecologista Heloísa Apolónia vai exigir que o Governo explique e torne públicas as informações que tem sobre esta matéria, através de um requerimento parlamentar. Por outro lado, o Partido Ecologista “Os Verdes” adianta que irá contactar todos os autarcas da zona ribeirinha do Douro no sentido de sensibilizar para a proximidade desta ameaça nuclear, contactos que vão já ser feitos em paralelo com a iniciativa “Pelo comboio é que vamos”, em defesa da ferrovia, em que “Os Verdes” percorrerão algumas das linhas que o Governo pretende encerrar.
Tendo ainda em conta as declarações do Ministro Manuel Pinho, proferidas hoje na revista Visão, em que o Ministro afirma que o dossier nuclear não está fechado, “Os Verdes” só podem concluir que o Governo se comporta como um autêntico cata-vento quando se trata da questão do nuclear: vai dando o dito pelo não dito, mas o resultado é que mantém sempre uma porta aberta a esta opção.
“Os Verdes” têm também muitas dúvidas em relação às perspectivas eufóricas do Ministro no que diz respeito a energias alternativas, manifestadas na mesma entrevista. “Os Verdes” relembram o Ministro que Portugal está muito longe de cumprir os compromissos assumidos no quadro do Protocolo de Quioto e lamentam que, em vez de tomar as medidas eficazes para reduzir as emissões de CO2 investindo no sector dos transportes públicos – nomeadamente no sector ferroviário - o Governo opte antes pelo encerramento de ferrovias com base em critérios meramente economicistas.