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Comunicados 2015
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13/02/2015
Nota de imprensa do PEV sobre Jornadas Ecologistas no Distrito de Aveiro

No âmbito das Jornadas Ecologistas que o Coletivo Regional de Aveiro do Partido Ecologista “Os Verdes” tem estado a promover, abordando áreas como a mobilidade e os transportes, a poluição da água e do ar, a saúde, a proteção civil, o património natural e a agricultura, uma delegação de “Os Verdes”, na passada segunda-feira, dia 9 de fevereiro, da parte da tarde, reuniu com a direção da SULDOURO e visitou o novo aterro Multimunicipal desta entidade, que está a ser construído em Canedo (Santa Maria da Feira), tendo o PEV atribuído um Girassol Alegre saudando a sua construção.

Na ausência de tecnologia mais avançada que permita tratamento e valorização da totalidade dos resíduos, os aterros são uma solução preferível para minimizar os impactos no ambiente.

Nesse mesmo dia, da parte da manhã, “Os Verdes” atribuíram também um Girassol Alegre à Feira Semanal de Espinho pela sua importância regional na dinamização da pequena agricultura familiar, nomeadamente no que concerne aos produtos hortícolas. Esta feira, uma das maiores do país, que comemorou em 2014 o seu centenário, reveste-se de enorme importância para os pequenos agricultores da região, excluídos dos grandes circuitos da distribuição agroalimentar.

As feiras e mercados, muitas vezes desvalorizados em detrimento das grandes superfícies comerciais, são primordiais para dinamizar as economias de proximidade, fomentando a atividade agrícola, essencial para preservar e valorizar os recursos naturais e do território na produção de alimentos, perpetuando também o saber ancestral e a própria identidade cultural.

O sector agroalimentar, nomeadamente o agrícola, tem passado por muitas dificuldades em consequência da quebra da procura interna (resultado dos cortes salariais, aumento dos impostos, empobrecimento da população), do aumento dos custos de produção, do estrangulamento levado a cabo pelas grandes empresas de distribuição ou das alterações fiscais introduzidas pelo governo PSD/CDS.

Atualmente, a nível nacional, 70 a 75% da nossa alimentação provém do estrangeiro, a maioria importada pelas empresas proprietárias das grandes superfícies, acentuando o nosso défice alimentar (4 mil milhões de euros), ou seja, tornando o país mais permeável ao endividamento e à dependência do exterior.

Por isso, sempre que possível, os consumidores devem dar preferência à venda direta, aos mercados locais, como a feira semanal de Espinho, e ao comércio tradicional, de forma a combater a concentração do circuito de distribuição/ comercialização das grandes superfícies que têm margens de lucros escandalosas e ajudar a produção local e regional e a economia familiar que desempenha um importante papel social, ambiental e cultural.

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