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08/01/2015 |
Nota sobre encontro do PEV com o PS |
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Uma delegação PEV recebeu ontem, na sua sede, os representantes da direção nacional do PS, a pedido deste partido.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião, Manuela Cunha, dirigente nacional e membro da comissão executiva do PEV, saudou “o espírito democrático e a simpatia que parece que esta nova direção do PS pretende transmitir”.
A dirigente ecologista afirmou que o PS continua, no entanto, a não apresentar ideias claras sobre assuntos fundamentais, acusando o Partido Socialista de querer agradar a “gregos e a troikanos”: “Parece-nos que o PS continua numa base de agradar a gregos e a troikanos, de agradar a todos, o que não levará o país a lado algum. O país precisa de posições firmes para sair desta crise estrutural”.
O PS arredou do seu discurso a renegociação da dívida, via que o PEV considera fundamental para o desenvolvimento de Portugal: “O PS acaba de utilizar a palavra “gerir” em relação à dívida. Ora, para nós, não há gestão possível da dívida, porque é fundamental para Portugal a sua renegociação. A palavra renegociação continua ausente do discurso do PS”.
Manuela Cunha salientou a concordância com algumas das ideias assumidas pela direção do PS, como a reposição das pensões ou o aumento do salário mínimo nacional, acrescentando que, apesar disso, o partido socialista parece não estar preparado para os confrontos necessários face a interesses estabelecidos: “Mas a grande questão é como fazer isso sem a renegociação da dívida e sem um confronto claro face a certos interesses instalados. Parece-nos que o PS não está disponível para esse confronto, pondo em causa esses interesses. O PS está mais interessado em gerir uma maioria absoluta na próxima legislatura.”
(nota baseada na notícia divulgada ontem pela LUSA: “Verdes” acusam PS de agradar a “gregos e troikanos”)
O Partido Ecologista “Os Verdes”
Lisboa, 8 de Janeiro de 2015