O Partido Ecologista Os Verdes tomou conhecimento que a Câmara Municipal de Oliveira de Frades procedeu ao abate de árvores centenárias que estavam em frente ao edifício desta autarquia. Este corte tem motivado a indignação da população perante este ato irreversível, constituindo mais uma “machadada” nas árvores centenárias, neste caso com moto serra, que existiam Vila.

Superficialmente, a população observou que estas árvores não aparentavam apresentar quaisquer problemas fito-sanitários, pelo que o seu corte foi uma opção política tomada pela maioria do executivo da Câmara Municipal, em reunião realizada no passado dia 3 de fevereiro, motivada pela requalificação da Av. dos Descobrimentos, Rua 7 de Outubro e Rua Dr. José Bento Rocha e Melo.

A requalificação destas ruas não pode ser uma justificação para o abate das árvores, pois parte de uma decisão política a prioridade ou não que se deve dar às árvores e ao espaço público. Houvesse vontade política de manter as árvores e qualquer técnico paisagista enquadraria as árvores centenárias no respetivo espaço público, sem necessidade de proceder ao seu abate.

Não deixa de ser curioso que o presidente da Câmara, que se diz contra o corte de árvores de grande porte, decida abatê-las, alegando que sempre que houve corte de algumas, foram sempre plantadas outras, em sua substituição, como se uma árvore centenária pudesse ser substituída. Uma árvore centenária para além de ser um ser vivo, pela sua longevidade é um elemento cultural e patrimonial dando vida e identidade ao espaço público.
Não existindo informação clara sobre o estado fito sanitário das árvores Os Verdes, que lamentam este corte, pretendem obter esse esclarecimento da Câmara Municipal, assim como exigem ser elucidados sobre se existiu ou não algum projeto alternativo que contemplasse a manutenção das árvores de grande porte na requalificação destas três ruas.
Dado que Ambiente e a Natureza nunca foram uma prioridade do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, não admira pois que termine estes desastrosos 12 anos à frente dos destinos da autarquia como começou: a dizimar árvores de grande porte no espaço envolvente à Câmara Municipal.