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04/04/2019 |
Os Verdes Apresentam Voto de Condenação da Repressão Sobre a População da Palestina pelas Autoridades Israelitas |
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O Partido Ecologista Os Verdes apresentou hoje, na Assembleia da República, um voto de condenação da repressão sobre a população da Palestina pelas autoridades israelitas e que será votado amanhã em Plenário, com o seguinte teor:
No passado dia 30 de março, data em que o povo palestiniano assinala o dia Da Terra Palestina, foram mortos pelo menos 5 palestinianos e mais de duas centenas ficaram feridos pelas forças israelitas que reprimiram brutalmente os protestos da Grande Marcha do Retorno, ao longo da vedação que isola a Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde da Palestina em Gaza confirmou que Israel usou balas reais, o que comprova que as forças israelitas usaram força excessiva contra manifestantes desarmados.
Nesse dia, assinalava-se também um ano de manifestações semanais consecutivas da Grande Marcha do Retorno, que reclama o fim do bloqueio da Faixa de Gaza que permanece há 12 anos e o direito de os refugiados regressarem aos seus lares no território da Palestina, de onde foram expulsos em 1948.
Estima-se que desde 30 de março de 2018 as forças israelitas recorreram sistemática e deliberadamente à força excessiva e letal para reprimir a Grande Marcha do Retorno, matando pelo menos 266 palestinos e ferindo mais de 30 mil palestinianos.
Assim, a Assembleia da República reunida em sessão plenária:
- Condena a agressão e morte de manifestantes palestinianos pelas autoridades de Israel, exigindo o fim da repressão e do uso de armas de fogo em manifestações pacíficas.
- Exige o fim do bloqueio da Faixa de Gaza, onde a população sobrevive em condições desumanas e cruéis.
- Exorta o Governo Português a proceder ao reconhecimento do Estado da Palestina, tal como já fizeram inúmeros países.
- Reafirma, conforme inúmeras resoluções da ONU, a exigência da criação de um Estado da Palestina, soberano e viável, nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Leste como capital e garantindo o direito de regresso dos refugiados.