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29/11/2017 |
Os Verdes contra o encerramento e desmantelamento dos hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central |
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Foi ontem aprovada uma Resolução do Conselho de Ministros que autoriza a realização da despesa inerente à celebração do contrato para a edificação do novo Hospital de Lisboa Oriental, através de uma parceria público-privada.
Para Os Verdes o novo hospital é necessário e há muito reivindicado, mas não pode servir de pretexto à destruição dos hospitais do CHLC, e é precisamente isso que está em causa pois é entendimento do Governo que aquela futura unidade hospitalar poderá substituir os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta, Estefânia, Maternidade Alfredo da Costa e Curry Cabral.
Na sequência desta resolução, o Partido Ecologista Os Verdes volta, por isso, a reafirmar a sua posição contra o encerramento indiscriminado dos hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central - CHLC, de grande utilidade não apenas para os utentes da região de Lisboa, como para os habitantes nos restantes municípios do País que a eles diariamente recorrem.
Importa relembrar que do ponto de vista da saúde não se conhece qualquer estudo que justifique aquela decisão, nem estudos de impacto sobre a desactivação destas unidades do CHLC, que dispõem de especialidades únicas no País, ao nível das populações afectadas. Além disso, já foram encerrados os hospitais do Desterro, em 2007, Miguel Bombarda, em 2011 e S. Lázaro em 2012 e já antes havia encerrado o Hospital de Arroios.
Lisboa não pode perder as unidades hospitalares ainda em funcionamento, passando a ter cerca de menos dois mil trabalhadores na área da saúde, menos valências, menos 435 camas comparativamente ao número actualmente oferecido nos seis hospitais do CHLC, menos blocos operatórios e equipamentos.
Os Verdes recordam ainda que, por sua proposta, a Assembleia Municipal de Lisboa debateu em Julho esta matéria, tendo ficado inequivocamente expresso que estes hospitais não devem encerrar ou ser desmantelados.
Se, por um lado, o Governo assume que alguns destas unidades hospitalares poderão continuar ligados à saúde, sem especificar de que forma, não se entende por que continuam os hospitais de São José, Capuchos e Santa Marta na posse da ESTAMO, empresa que tem como objectivo alienar para o sector privado património público considerado ‘excedentário’, apesar da proposta de Os Verdes de reversão da venda destes hospitais.
Os Verdes relembram ainda que foi por proposta do PS que o PDM de Lisboa foi alterado - com os votos contra da CDU -, de modo a possibilitar a utilização dos solos dos CHLC para viabilizar a construção de novos hotéis e condomínios.
Assim, Os Verdes defendem que o novo hospital é necessário, deverá ter uma gestão pública, deverá servir como complemento à rede das restantes unidades de saúde existentes na cidade, face às graves carências a nível de cuidados de saúde, e nunca justificar o seu encerramento ou desmantelamento.
Gabinete de Imprensa do Grupo Municipal do Partido Ecologista Os VerdesLisboa, 29 de Novembro de 2017