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17/03/2020
Os Verdes Estão Preocupados com a Falta de Condições nos Hospitais do Alentejo para Combater o Coronavírus
Os Coletivos de Os Verdes, dos três distritos do Alentejo (Portalegre, Évora e Beja), estão muito preocupados com a possibilidade da propagação do coronavirús no Alentejo não ter sido, até agora devidamente detetada e da situação não ser tão otimista como pode induzir a leitura das informações oficiais da DGS, as quais dão a ideia que a população do Alentejo foi “poupada” pelo corónavirus. A realidade pode ser bem diferente!
O que acontece, é que os hospitais destes distritos, aliás como de outros distritos do interior e até o de Setúbal e o do Barreiro, não tendo meios para fazer as análises “in loco”, estavam, até hoje, dependentes, em caso de suspeita, de submeter o pedido para validação prévia das análises, através da LAM (Linha de Apoio ao Médico). Linha esta, que como já foi várias vezes denunciado por profissionais de saúde, esteve dias a fio completamente entupida. Só depois de obtida esta validação é que os médicos destes hospitais podiam proceder às análises e encaminhá-las para o Instituto Ricardo Jorge.

O PEV receia que este procedimento frágil e moroso, tenha contribuído para atrasar a deteção de casos de contágio existentes e contribuído para a propagação do vírus.
Esta imagem de “segurança e imunidade” que tem sido transmitida do Alentejo, e que pode não corresponder à verdade, pode ter levado as populações a não tomar as devidas precauções e ter levado a êxodo de pessoas em “isolamento” das grandes zonas urbanas, para casa de familiares no Alentejo, aumentando os riscos, sobretudo porque, em geral, estes familiares são pessoas idosas e daí correrem maior risco.
Esta situação alterada, só hoje, através da emanação de uma Norma da DGS, que levanta a barreira da “validação prévia” e que deixa autonomia local para fazer as análises e dar-lhes o devido encaminhamento para o Instituto Ricardo Jorge, vai permitir, agora sim, uma deteção real dos casos.
A Norma de hoje, também dá novas orientações para estes hospitais se prepararem para o que aí vem, através de Planos específicos.

Os Verdes no Alentejo estão também muito preocupados com a situação dos trabalhadores imigrantes, nomeadamente no litoral alentejano. As dificuldades de compreensão das indicações de proteção decorrentes das dificuldades de domínio da língua portuguesa e as condições de habitação precária dos trabalhadores das estufas e do olival intensivo, podem ser verdadeiras bombas relógio, para as quais era fundamental que as entidades públicas encontrassem uma resposta especifica e rápida.
Acresce a estas preocupações a falta de profissionais de saúde nos hospitais do Alentejo, já bem conhecida, mas que perante esta pandemia se torna ainda mais gravosa.
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