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11/03/2021
Os Verdes Lembram 10 anos de Fukushima e Questionam: E Se Fosse Almaraz?
Assinalam-se hoje 10 anos do fortíssimo abalo sísmico, ocorrido a 11 de março de 2011, no Japão, seguido de tsunami na costa do Pacífico, que teve efeitos devastadores e catastróficos, entre os quais a explosão de reatores da central nuclear de Fukushima, no dia seguinte, decorrente de incapacidade de resistência do sistema de refrigeração.
Do acidente nuclear de Fukushima, resultaram 150.000 pessoas refugiadas, dentro do seu próprio país, de forma a salvaguardarem-se do perigo radioativo mortífero. A partir de então,  foi criado um perímetro em torno da central, que ainda hoje se mantém, sem que as pessoas pudessem regressar às suas habitações, foram contaminados diretamente pela central 28 milhões de metros cúbicos de solo radioativo, um desastre nuclear que provocou biliões de euros de prejuízos e continua a ter grandes custos decorrentes da descontaminação, que irá perdurar por anos e anos.
O drama e as perdas não se circunscrevem a um momento determinado ou a um espaço confinado. Os efeitos da radioatividade prolongam-se no tempo, transcendendo o espaço, tendo evidentes efeitos significativos ao nível da saúde destas populações e alterações significativas na biodiversidade.
Decorrida uma década, os efeitos de Fukushima continuam a ser uma preocupação para a própria população, países vizinhos e comunidade internacional. A título de exemplo, em 2020, face à incapacidade de armazenamento da água utilizada para arrefecer os reatores, foi denunciado por associações ambientalistas e comunicação social internacional que o governo japonês começou a libertar estas águas contaminadas para o Pacífico.
O acidente nuclear de Fukushima demonstrou, mais uma vez, de forma dantesca, que a produção de energia nuclear não é segura. A nível mundial existem cerca de 440 reatores nucleares, cada um destes constituindo uma séria ameaça para as populações circunvizinhas, regiões, países e para o próprio planeta, em concreto, que é a nossa casa comum que nos acolhe e que nos dá vida.

Para além do perigo para a própria humanidade, o nuclear, que utiliza como principal matéria-prima urânio, não é uma fonte de energia limpa, nem barata, nem mesmo considerada uma fonte de energia renovável.
Embora, tivesse existido a intenção de implementar uma central nuclear no nosso país, mais concretamente em Ferrel (Peniche), que mereceu a forte contestação da população em 1976, a verdade é que Portugal se  encontra em constante ameaça decorrente da Central Nuclear de Almaraz (Cáceres - Espanha), que fica a escassos 100 quilómetros da fronteira portuguesa, a qual utiliza as águas do rio Tejo para arrefecer os seus reatores.
A Central Nuclear de Almaraz é um perigo à nossa porta, em particular para os distritos fronteiriços de Castelo Branco e de Portalegre, pela sua proximidade, bem como para as demais populações ribeirinhas do Tejo (Santarém, Setúbal e Lisboa).
Há muito que Os Verdes protestam e têm promovido inúmeras iniciativas, como por exemplo, a recolha de 5000 postais, junto das populações de Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Setúbal e Lisboa e a entrega dos mesmos ao Governo português e de Espanha, exigindo o enceramento de Almaraz por esta central, que deveria ter fechado em 2010, não apresentar condições de segurança.
Para assinalar os 10 anos do acidente nuclear de Fukushima e realçar o perigo à nossa porta que representa a central nuclear de Almaraz, Os Verdes irão desenvolver iniciativas reafirmando:
NUCLEAR. NÃO OBRIGADO!
E SE FOSSE EM ALMARAZ?


O Partido Ecologista “Os Verdes”


Gabinete de Imprensa de “Os Verdes”
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11 de março de 2021
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