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Comunicados 2002
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30/08/2002
Os Verdes Preocupado com resultados da Cimeira de Joasnesburgo
Já no seu 5º dia de trabalhos da Cimeira Mundial para o Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo “Os Verdes” receiam que os resultados desta cimeira fiquem muito aquém das expectativas.

Tememos sofrer uma desilusão não só pelas dificuldades já denotadas na preparação da cimeira e na consensualização de um plano de acção ou pela falta de aplicação das resoluções saídas há 10 anos do Rio de Janeiro, mas também pelo modo como têm decorrido os trabalhos da cimeira, fortemente dominada pelas questões do comércio internacional, onde alguns dão mostras de pretender sobrepo-las às ambientais e sociais.

“Os Verdes” receiam que se esqueça o conceito de desenvolvimento sustentável na crescente preocupação de garantir no presente a sustentabilidade do planeta para as gerações vindouras.

Por outro lado, da delegação oficial portuguesa muito poucos são os ecos. À semelhança do que foi a preparação da Cimeira no nosso país, nomeadamente na elaboração da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável, em tempo record, que pouco permitiu a sua discussão participada.

Naquilo que poderia ser um grande avanço em termos de energia e alterações climáticas essas esperanças parecem cair por terra. O compromisso para a ratificação do Protocolo de Quioto, deveria ser um marco saído desta conferência, assumida por todos os estados, nomeadamente aqueles que mais pesam neste bolo como os EUA. Também a rejeição da opção nuclear deveria ser ponto assente desta Cimeira.

Uma acção concertada a nível mundial no investimento em fontes renováveis de energia, não poluentes é imperativa, não só porque as reservas de petróleo são finitas e ameaçam esgotar-se no médio prazo mas também numa altura em que es alterações climáticas são um realidade consequente da acção humana.

Associada à questão energética e na política de combate às alterações climáticas está o sector dos transportes públicos como sector fundamental a dinamizar. Em Portugal, pelo contrário os transportes públicos tem sido sistematicamente postos de lado. É também fundamental a revitalização da ferrovia e o investimento neste como meio de transporte de excelência.

“Os Verdes” entendem que no que diz respeito à água é importante que a população mundial tenha acesso a água potável e a saneamento até por questões de saúde pública.

Mas é importante também que esta gestão não fique refém do sector privado como tem estado a acontecer no nosso país, mercê das leis de mercado, de exploração vs lucro descurando a sustentabilidade da sua utilização.

Como elemento fundamental à vida e ao desenvolvimento é preocupante a crescente degradação de qualidade que se verifica de forma acentuada nas massas de água por todo o Mundo, assim como a intensa exploração de que é alvo, nomeadamente ao nível dos lençóis freáticos pelo que medidas urgentes são necessárias.

A gestão além fronteiras dos recursos partilhados é um passo fundamental para evitar conflitos internacionais que não são raros.

Por isso se torna imperioso aprovar um plano de acção que dê garantias de que os Estados tomem as medidas e adoptem políticas efectivas com vista ao desenvolvimento sustentável e combatendo o cada vez maior fosso que se generaliza entre muito ricos e muito pobres.


O Gabinete de Imprensa do PEV
Lisboa, 30 de Agosto de 2002


 

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