Pesquisa avançada
Início - Comunicados - Comunicados 2014
 
 
Comunicados 2014
Partilhar

|

Imprimir página
16/12/2014
Palestina: «Os Verdes» condenam assassinato de ministro palestiniano e repudiam a criminosa ocupação por parte de Israel

O Partido Ecologista «Os Verdes» volta a manifestar a sua total solidariedade e apoio ao povo palestiniano e à luta contra a ocupação israelita e o seu mais profundo repúdio pelas ações criminosas de Israel.

No dia 10 de Dezembro, dia dos Direitos Humanos, foi noticiado o assassinato do ministro palestiniano Ziad Abu Ein, figura da resistência palestiniana que havia sido nomeado para a Comissão da Autoridade Palestiniana contra o Muro de Separação e os Colonatos. Abu Ein chegou a estar preso em prisões israelitas e nos Estados Unidos da América, tendo sido entregue pelos americanos a Israel em 1981, apesar de existirem diversas resoluções no sentido da sua libertação.

O ministro Ziad Abu Ein foi brutalmente agredido e morto por soldados israelitas, durante uma ação pacífica na aldeia de Turmusaya, perto de Ramallah, onde se plantavam oliveiras como forma de protesto contra o muro e como ato simbólico de esperança num futuro de paz, no contexto do Dia dos Direitos Humanos.

Este assassinato é mais um crime das forças de ocupação israelitas e demonstra, uma vez mais, que Israel continua a desrespeitar e a violar constantemente os princípios mais básicos da Carta das Nações Unidas, do Direito Internacional e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

«Os Verdes» recordam que Israel continua a perpetrar uma escalada de violência sobre a Palestina e que, dia após dia, há mais de 60 anos, o povo palestiniano tem enfrentado a violenta ocupação dos seus territórios por parte de Israel, que tem imposto colonatos com o objetivo de domínio, colonização e controlo da exploração dos recursos naturais, apesar de o direito internacional os considerar ilegais e ilegítimos e, a agravar este cruel quadro, enfrenta ainda a construção de um muro de betão com centenas de quilómetros de extensão e o ilegal e bárbaro bloqueio imposto sobre a Faixa de Gaza, que faz com que um milhão e meio de pessoas tentem sobreviver num território exíguo e desprovido das mais elementares condições de vida, numa prisão permanente a céu aberto.

Diariamente são violados os direitos humanos mais elementares dos palestinianos, pois Israel, invocando razões securitárias, impede propositadamente o acesso ao trabalho, à saúde, à educação e a um padrão de vida mínimo aos palestinianos, que se veem obrigados a viver com um muro de segregação que separa famílias e comunidades palestinianas e judaicas e que foi, inclusivamente objeto de um parecer inequivocamente condenatório pelo Tribunal Internacional de Justiça.

Perante esta situação, o Partido Ecologista «Os Verdes» expressa as suas condolências à família do Ministro Ziad Abu Ein, à Autoridade Palestiniana e a todo o povo palestiniano e reafirma o seu apelo veemente ao fim da criminosa ocupação de Israel, da opressão e das violações sistemáticas dos direitos mais básicos do povo palestiniano, ao mesmo tempo que reafirma a sua total solidariedade para com este povo e para com a sua justíssima luta por um Estado livre, independente e soberano.

«Os Verdes» reassumem ainda o compromisso de continuar a lutar pelo reconhecimento do Estado da Palestina por parte do Governo português, exigindo uma posição clara a favor do reconhecimento do Estado da Palestina, posição já assumida por uma grande e inequívoca maioria de países a nível mundial, muitos deles há décadas e que, recentemente, tem vindo a ser alvo de votações em vários Parlamentos de países europeus.

O PEV relembra que apresentou um Projeto de Resolução neste sentido e que foi chumbado na sexta-feira passada pelo PSD, CDS e PS, que também apresentaram projetos, mas que remetiam a posição de Portugal para o que vier a ser a posição da União Europeia.

 «Os Verdes» reiteram que é urgente reconhecer o Estado da Palestina, de imediato e sem condições, coordenando com a União Europeia, mas sem rodeios e sem ter que fazer depender da vontade ou disponibilidade da União Europeia, pois Portugal é um Estado soberano e a Palestina não pode esperar mais por este reconhecimento que já peca por tardio.

Voltar