Pesquisa avançada
Início - Comunicados - Comunicados 2007
 
 
Comunicados 2007
Partilhar

|

Imprimir página
02/11/2007
PIDDAC ÉVORA 2008 - 2% DO INVESTIMENTO NACIONAL!
O PIDDAC 2008 para o distrito de Évora apresenta uma quebra de investimento de 12,6%, em relação ao PIDDAC 2007. Desde que o Governo do Partido Socialista assumiu funções, a redução de investimento para o distrito de Évora tem sido constante, tendo registado um decréscimo de 52,8% (o PIDDAC 2005 previa o investimento de 151 milhões e 890 mil euros para o distrito de Évora e o PIDDAC 2008 já só prevê 71 milhões e 699 mil euros).
Acresce que o PIDDAC 2008 para o distrito de Évora, representa apenas 2% do total do PIDDAC distribuído a todos os distritos e regiões autónomas do país, quando a grande Lisboa e Porto continuam a consumir, por opção do Governo, 45% do total do PIDDAC, consolidando-se a situação de falta de coesão territorial e de assimetria regional deste país, que gera profundas desigualdades de oportunidade entre as populações, em função da região onde habitam ou trabalham. Com efeito, esta situação assume-se como particularmente preocupante num distrito que apresenta um grau de vulnerabilidade acentuado, decorrente da sua interioridade, e promove o desaproveitamento das potencialidades de uma parte do território nacional que, por carência de investimento, está a ser subvalorizada.
Inacreditavelmente há 4 concelhos do distrito de Évora que não recebem 1 cêntimo que seja no PIDDAC 2008 – Mora, Mourão, Vendas Novas e Vila Viçosa. Esta situação é particularmente gravosa, quando o Governo “oferece” o encerramento de serviços, como os de saúde em Vendas Novas, e opta de seguida por não fazer qualquer investimento nesses concelhos.
Os 4 municípios em causa têm reivindicado a realização de obras consideradas importantes para o seu desenvolvimento, das quais são exemplo, em Mora, a celebração de um contrato-programa para completar o investimento realizado no Fluviário, obra marcante no domínio nacional, ou a recuperação da Torre da Águia, um monumento nacional do século XVI em avançado estado de degradação e em risco de desmoronamento; em Mourão, a construção do Centro de Saúde, há muito reivindicado pela população para a melhoria das condições da prestação dos cuidados de saúde; em Vendas Novas, a construção da variante urbana à cidade, atravessada pela EN4 com um enorme fluxo de trânsito, em grande parte de veículos pesados; em Vila Viçosa, a construção do Centro de Saúde, com terreno atribuído ou a construção do Quartel/reinstalação da GNR de Vila Viçosa, com instalações disponibilizadas; na Zona dos Mármores, a instalação de uma Unidade de Prestação de Cuidados de Saúde a Politraumatizados, com sistema de evacuação rápida, pela elevada sinistralidade, quer rodoviária, com a A6, o IP2, a EN4, a EN254 e a EN255 e respectiva variante, quer laboral, resultante da actividade de extracção e transformação do mármore, onde ocorrem acidentes de elevada gravidade.
De realçar que, já no PIDDAC 2007, Mora e Mourão não tinham qualquer verba contemplada e Vendas Novas e Vila Viçosa tinham verbas exíguas, 10 mil e 47,5 mil euros, respectivamente, o que nos remete para uma situação de discriminação continuada, demasiado preocupante, para com as respectivas populações.
Este PIDDAC para além da inqualificável discriminação das populações do distrito de Évora, demonstra ainda que a expectativa de investimento público que foi criada com o PIDDAC 2007 (que já não era grande – 81 milhões e 991 mil euros) ficou frustrada com a não execução total ou parcial de muitos dos projectos nele consagrados. Isto demonstra que o desinvestimento no distrito de Évora ainda é maior do que aquele que os números representam, na medida em que se sabe que cerca de 2/3 dos projectos plurianuais previstos no PIDDAC 2007 para o distrito de Évora não foram executados na íntegra (como aconteceu com a requalificação do centro histórico de Arraiolos, com a remodelação do parque escolar em diversos concelhos, com a extensão norte do centro de saúde de Évora, com recuperação do património arquitectónico, etc).
“Os Verdes”, conscientes que esta opção política de desinvestimento público está a comprometer o desenvolvimento do país, vão no debate do Orçamento de Estado denunciar esta situação e suscitar a discussão de projectos relevantes para o distrito, designadamente com a apresentação de propostas concretas de alteração ao PIDDAC.

O Colectivo Regional de Évora

Gabinete de Imprensa
02 de Novembro de 2007


 

Voltar