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13/07/2015 |
Posição de “Os Verdes” sobre as decisões do Conselho de Ministros da União Europeia relativas à Grécia |
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O Partido Ecologista Os Verdes considera inaceitáveis as imposições feitas pela União Europeia à Grécia. Estas imposições são bem demonstrativas de quanto a dita União Europeia de igualdade e de solidariedade, não passa de um mito e da forma como a UE desrespeita a vontade e as aspirações dos povos, nomeadamente a recusa de mais austeridade pelo povo grego, claramente expressa no referendo.
As condições impostas pela União Europeia e pelo FMI à Grécia para um terceiro resgate, depois de um longo processo de asfixia e de chantagem, vão agravar mais as condições de vida da população grega, alastrar ainda mais a pobreza e prolongar a agonia por muitos, muitos anos.
Para o Partido Ecologista Os Verdes, todo este processo fez estalar o verniz democrático da UE e trouxe à luz o seu carácter antidemocrático e os verdadeiros interesses que norteiam as suas políticas: os grandes interesses económicos que encontram no diretório franco-alemão os seus fiéis aliados.
O Partido Ecologista Os Verdes está solidário com a Grécia e convicto que o povo grego, que demonstrou com muita coragem, através do resultado do Referendo, que não se deixa intimidar com chantagens e ameaças, saberá reagir e resistir a esta nova agressão.
O Partido Ecologista Os Verdes não pode ainda deixar de registar, com repúdio, o triste papel desempenhado pelo Governo Português, nomeadamente pelos seus Primeiro-Ministro e Ministra das Finanças em todo este processo. Governo que, em vez de se solidarizar com a Grécia e contribuir para reforçar posições que pudessem ser não só benéficas para o povo grego, mas também para o povo português, assumiu do primeiro ao último momento um papel subserviente aos interesses do FMI e do BCE.