“Os Verdes” congratulam-se com o resultado do referendo ao euro na Suécia, onde os cidadãos, em grande afluência às urnas, expressaram um claro NÃO (56%) à entrada da Suécia na zona euro.

Este NÃO, tal como o NÃO, também expresso pelos dinamarqueses em 2000, significa a rejeição a um modelo de construção europeia que desrespeita as especificidades de cada Estado-Membro. Os cidadãos suecos que têm tido garantida uma economia estável com um significativo nível de protecção social não pretendem vê-los posto em causa.

É que basta olhar o comportamento de países como Portugal, que para cumprir cegamente o pacto de estabilidade tem retirado direitos adquiridos aos portugueses de uma forma escandalosa (da saúde, à educação, passando pelo trabalho, etc), ou de comportamentos de países como a França ou a Alemanha, que para não retirar direitos adquiridos e para cumprir promessas eleitorais se confrontam com a impossibilidade de cumprir o pacto de estabilidade.

“Os Verdes” consideram que esta clara expressão dos suecos também deve levar a Conferência Intergovernamental, que iniciará os seus trabalhos em 4 de Outubro, a repensar o passo que pretende dar com a discussão de uma Constituição Europeia que visa sobretudo continuar o processo de alienação de soberania dos Estados-Membro, reduzindo direitos fundamentais dos cidadãos e a consolidar um modelo federalista que muitos cidadãos dos vários Estados-Membro tendem a rejeitar.

“Os Verdes” portugueses relembram que De Grona (“Os Verdes” suecos) se empenharam no NÃO neste referendo e saúdam os seus congéneres por esse empenhamento no futuro do seu país.

O Gabinete de Imprensa
15 de Setembro de 2003