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22/05/2004 |
Reunião do Conselho Nacional |
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"OS VERDES" APRESENTAM COMPROMISSOS PARA AS ELEIÇÕES EUROPEIAS
"Os Verdes" aprovaram em Conselho Nacional os seus compromissos para as próximas eleições ao Parlamento Europeu, os quais se consubstanciam no combate às alterações climáticas; em assumir a água como um bem público e um direito dos povos; na recusa dos organismos geneticamente modificados; na promoção da paz e na concretização das ajudas ao desenvolvimento dos países menos desenvolvidos.
"Os Verdes" propõem que todas as políticas comuns da União Europeia sejam precedidas da avaliação sobre os seus efeitos concretos nos diferentes Estados da Europa, por forma a que essas políticas não sejam aplicadas cegamente como tem acontecido até agora, e que em Portugal se sente claramente com o Pacto de Estabilidade e Crescimento ou com a Política Agrícola Comum (PAC).
"Os Verdes" defendem uma União Europeia estruturalmente defensora do Ambiente e não minimizadora, em termos ambientais, de políticas devastadoras dos recursos naturais, como a PAC ou a Política Comum de Pescas. Por isso, "Os Verdes" repudiam o levantamento da moratória sobre Organismos Geneticamente Modificados que a Comissão Europeia aprovou há dias – nesta decisão, mais uma vez se revelou o problema estrutural: o poder económico (as multinacionais do sector agro-alimentar) a ditar regras ao poder político. A Comissão Europeia optou por ceder à pressão das multinacionais em vez de garantir a segurança alimentar dos povos dos diferentes Estados da União Europeia, que de acordo com estudos europeus, mais de 70% rejeita os transgénicos.
"Os Verdes" reafirmam que as próximas eleições para o Parlamento Europeu constituem uma oportunidade para os portugueses traduzirem o seu descontentamento através do voto, penalizando assim o Governo pelas medidas que em diferentes sectores têm prejudicado seriamente o quotidiano das pessoas. Exemplo disso é o anúncio que o Governo fez da alienação de 49% da Águas de Portugal, procurando assim concretizar a privatização da água em Portugal, água que "Os Verdes" reafirmam como um património necessariamente colectivo porque se trata de um bem fundamental à vida e consequentemente ninguém pode ser privado do seu acesso. A privatização terá consequências tão sérias como o aumento do custo da água para as populações e por ser um recurso estratégico, quem o detiver terá um domínio sobre o modelo de desenvolvimento do país.
"Os Verdes" consideram absolutamente necessário que o novo (já o terceiro) ministro do Ambiente, Arlindo Cunha, vá à Assembleia da República explicar cabalmente esta negociata do século em Portugal. Por isso "Os Verdes" propuseram a realização de um inquérito parlamentar.
"Os Verdes" consideram premente que em Portugal haja uma justa e real informação sobre as próximas eleições para o Parlamento Europeu, por forma a mobilizar os cidadãos para a participação. Para isso é determinante a disponibilização das diferentes forças políticas e dos órgãos de comunicação social. Pela parte de "Os Verdes", temos participado e realizado inúmeros contactos e iniciativas com vista à apresentação pública das nossas propostas.
O Gabinete de Imprensa
Lisboa, 22 de Maio de 2004
Ver tambêm:
Eleições-Acto de apresentação pública da CDU/PE
Eleições-Acto de apresentação pública da lista da CDU/PE Casa do Alentejo, Lisboa
Eleições-ELEIÇÕES PARA O PARLAMENTO EUROPEU
Eleições-Declaração de Princípios de "Os Verdes" Para o Parlamento Europeu