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03/06/2019 |
Santa Maria da Feira - Fornos - Os Verdes Alertam para Atentado à Segurança Ferroviária e Rodoviária |
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O Deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta, em que questiona o Governo, através do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, sobre a “intervenção” de que foi alvo um corredor de cedros do Buçaco, que inicialmente margeavam a Linha do Vouga, na freguesia de Fornos, sendo primitivamente uma sebe que protegia os peões e as viaturas automóveis que circulam na rua Armando Pinto de Assunção, via classificada como municipal, de caírem a essa mesma linha.
Pergunta:
O declínio florestal, a nível ambiental, em Santa Maria da Feira acontece a olhos vistos, conduzindo também à diminuição da biodiversidade, pondo-se assim algumas espécies em perigo e levando a que outras desapareçam por completo do território.
Apesar da crescente consciência ambiental da população feirense continuamos a assistir a justificações para atos criminosos em relação ao património ambiental. Também simplista, nos parecem, alguns argumentos no que diz respeito aos motivos para o abate de árvores localmente, patentes em afirmações como as que se seguem: "as raízes das árvores estavam a destruir os passeios, ou a colocar em risco a segurança de um muro, ou que este ameaçava ruir, que interferia ou colocava em risco a circulação automóvel e de peões", entre outras.
É o caso da “intervenção” aberrante a que foi alvo um correr de cedros do Buçaco, que inicialmente margeavam a Linha do Vouga, na freguesia de Fornos, sendo primitivamente uma sebe que protegia os peões e as viaturas automóveis que circulam na rua Armando Pinto de Assunção, via classificada como municipal, de caírem a essa mesma linha.
Como deixaram de ser podados tomaram o porte de árvores ao fim de algumas dezenas de anos acabando por interferir e colocar em risco peões e veículos. Aqui a intervenção que se justificava era o abate e substituição por um talude ajardinado, mas não, deixaram-se os troncos ao alto sendo que hoje os cedros se encontram mortos e se assemelham a “fantasmas arbóreos”.
Antes da dita “poda”, dirigentes de Os Verdes no local puderam constatar que as mais de duas dezenas de exemplares de cedros do Buçaco estavam a vicejar e plenos de vigor. Convém referir que as árvores em questão não apresentavam qualquer problema de saúde ou fitossanitário. Hoje, metade das árvores está morta, a outra, está completamente desequilibrada na sua copa e a definhar.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exª O Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, para que o Ministério das Infraestruturas e da Habitação possa prestar os seguintes esclarecimentos:
1- Tem o Ministério conhecimento da situação acima relatada?
2- Quem é o verdadeiro proprietário das árvores em questão, junto à linha do Vouga?
3- Quem autorizou a poda das árvores que despoletou esta situação? Quem as podou?
4- Houve algum impedimento ao abate das árvores que impossibilitou a sua remoção e construção de um passeio para peões com dimensão adequada?
5- Após três anos, a acontecer a queda para a ferrovia ou para a estrada contígua de uma destas árvores mortas quem é responsável?
6- Está prevista alguma forma de reparação da situação de risco iminente aqui relatada?