O coletivo de Os Verdes de Santa Maria da Feira reuniu no passado dia 23 de janeiro, tendo abordado a situação eco política no município, realçando desde logo a proliferação recente de plantações de eucaliptos, os cheiros intensos que se fazem sentir em Arrifana emanados da zona Industrial da Fontanheira, os odores que emanam do saneamento para dentro do domicílio dos utentes um pouco por todo o município, assim como a anunciada triplicação dos preços de faturação, do tratamento de águas residuais, a aplicar em 2019, pela INDAQUA FEIRA. Foi igualmente abordada a condição animal, nomeadamente a dos animais assilvestrados que será alvo de uma iniciativa especifica a divulgar proximamente.

Os munícipes Feirenses têm-se queixado de maus cheiros nas suas habitações que emanam das tubagens dos esgotos. Estes odores, sentidos na área abrangida pelo sistema de Caster e Ribeira da Lage, têm-se intensificado, sobretudo às sextas-feiras, ao final do dia, possivelmente devido a maiores descargas domésticas na rede. Os Verdes consideram que é urgente identificar e resolver este problema que afeta a qualidade de vida da população.
Em Arrifana têm sido frequentes cheiros intensos que aparentam ser da queima de resíduos tóxicos. Este odor desagradável e irritante é notado em particular ao início da manhã, o que leva a crer que essa queima ocorra durante a noite ou em caldeiras de aquecimento. Este ar contaminado para além de ser desagradável, irrespirável, chega mesmo a ser irritante para os olhos.

O ar que se inspira frequentemente em Arrifana, para além de degradar a qualidade de vida da população, de um modo geral, torna-se insuportável para quem realize atividade físicas ao ar livre, nomeadamente para os alunos das escolas da localidade.

Nesta reunião foi também abordada a eucaliptização do concelho da Feira, tendo Os Verdes vindo a constatar que têm proliferado as plantações de eucaliptos, em particular junto a habitações, em terrenos urbanizáveis e afetos a atividades agrícolas, como são os casos recentemente denunciados em Oleiros, Fiães, Romariz e Santa Maria da Feira. A expansão do eucalipto no concelho é o resultado da lei da liberalização do plantio do eucalipto criada pelo anterior governo do PSD/CDS, que tal como os cidadãos têm constatado irá ter consequências graves no ambiente e na própria segurança das populações, conforme foi visível com os incêndios do ano passado.

Por último, o coletivo do PEV está preocupado com a anunciada triplicação dos preços, do tratamento das águas residuais, a aplicar em 2019, pela INDAQUA. Este aumento de preços irá direta ou indiretamente, a curto ou a médio prazo recair sobre os munícipes que já pagam das faturas mais caras do país, por um lado, e por outro é inadmissível a triplicação dos valores do tratamento da água quando o tratamento fica muito aquém do desejável. Este aumento, continua a ser consequência da privatização da água e do saneamento à INDAQUA.