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04/07/2019
Sessão pública de apresentação da primeira candidata da CDU pelo círculo eleitoral de Portalegre, Manuela Cunha - Intervenção de Mariana Silva
Saúdo, em nome do Partido Ecologista Os Verdes, todos aqueles que fazem parte da CDU, especialmente os companheiros do PCP, da ID e os muitos independentes que não tendo filiação partidária se juntam a este grande coletivo que é a Coligação Democrática Unitária.

Hoje aqui no distrito de Portalegre apresentamos a primeira candidata da lista da CDU Manuela Cunha do Partido Ecologista Os Verdes. É com a Manuela a encabeçar a lista da CDU pelo círculo de Portalegre que esta grande Coligação Democrática Unitária irá enfrentar mais estas eleições Legislativas de 2019.

Portalegre precisa de deputados na Assembleia da República que defendam este vasto território, cheio de História e histórias de gentes lutadoras e trabalhadoras. Um território como tantos outros em Portugal que está votado ao esquecimento e que luta para que os filhos da terra se mantenham, mesmo com as diversas dificuldades, na sua terra e contribuam para o seu desenvolvimento.

E só com o reforço da CDU seremos capazes de devolver os sonhos às populações de Portalegre. Pelo sonho é que vamos!
E na Coligação Democrática Unitária sonhamos, acreditamos e não desistimos de concretizar. Se não veja-se a reabertura da Linha do Leste que trouxe de novo o comboio para as populações e que por muito que nos dissessem nas ruas enquanto recolhíamos as assinaturas que não era possível, Os Verdes acreditaram, a Manuela Cunha e o coletivo de Portalegre acreditaram e não desistiram do Sonho.

Concretizou-se como bem sabemos, com todas as dificuldades, com todas as melhorias que ainda são necessárias, mas realizou-se uma parte do sonho, realizou-se sobretudo a justiça de devolver o transporte ferroviário às populações.

Quando dizemos que “avançar é preciso, andar para trás não” é disto que falamos. Temos de avançar na melhoria dos comboios e no alargamento dos horários e na redução do preço do transporte, para assegurar mais passageiros na linha do Leste.

E não podemos andar para trás. Sabemos como foi difícil garantir esta vitória ao PS. Se o PS, se o PSD e o CDS tivessem mais força, rapidamente diriam que não se justifica, que não há dinheiro para suportar e reverteriam este importante avanço.

Avançar é preciso! Avançar nos direitos e nas necessidades tão distintas de cada concelho de Portalegre e para avançarmos e não andarmos para trás é necessário eleger mais deputados da CDU para que se realizem mais sonhos.
Permitam-me agora puxar “a brasa à nossa sardinha” e dizer-vos que não poderiam ter uma candidata mais empenhada, mais criativa, mais perseverante e mais apaixonada pelas lutas que abraça.

A Manuela Cunha foi candidata em 2015 e a aposta dos Verdes não foi só para ter um nome na lista. Durante os últimos quatro anos, Os Verdes estiveram presentes no distrito de Portalegre a lutar por mais e melhor transporte público, por uma agricultura mais amiga do ambiente, pela defesa e proteção do património.

Os Verdes, com a Manuela Cunha a dar o seu inestimável contributo, mesmo sem eleitos na Assembleia da República fizeram muito pelo distrito. Fizeram mais que os deputados eleitos. Quem eles são? O que fizeram? É isso que está em apreciação. Por isso, hoje, podemos afirmar que a CDU deu continuidade ao trabalho na defesa das populações de Portalegre.

Companheiros e amigos,

Temos todos a responsabilidade de continuar a acreditar que é possível.

O país precisa de continuar a avançar na proteção da natureza e da biodiversidade, na despoluição dos rios, na reversão da privatização dos CTT e devolução dos seus balcões às populações, na restituição das freguesias e travar o processo dito de descentralização que apenas serve e servirá para desresponsabilizar o Governo das suas obrigações e para isolar mais as regiões do interior.

Os compromissos dos Verdes com todos os portugueses passam obrigatoriamente pela conquista da justiça social para que possamos realmente atingir a justiça ambiental que cada vez se torna a preocupação central de todos. É urgente a mudança de políticas para que a mudança do clima não continue desta forma tão adiantada.

A luta ecologista, por um ambiente sadio e pela vivência em harmonia com a natureza, é uma luta de todos, que tem de ser assumida desde os adolescentes e jovens, como felizmente assistimos nos últimos meses, mas têm também tem que contar com os adultos e com os mais idosos, porque o compromisso da mitigação das Alterações Climáticas deve ser de todas as gerações.

Recusamos, assim, a luta em defesa do ambiente como peça da divisão entre gerações, entre novos e velhos. Não podemos atribuir hoje as culpas da degradação do ambiente aos que, há 30, 40 ou 50 anos iam descalços para a escola, escreviam em ardósias e não sabiam o que era o desperdício alimentar.
A luta em defesa do Planeta ao qual chamamos “casa”, é a luta entre os que defendem modos de produção sustentáveis e os que exploram os recursos até à sua finitude para assegurar a apropriação da riqueza, sem se importarem com as consequências, para o ambiente, para os animais, para a vida dos homens e mulheres.

Recusamos, igualmente, a luta em defesa do ambiente como parte da contraposição entre os povos da Europa – que ao contrário do que nos querem vender, é um dos principais causadores da sua degradação – e os povos do Sul ou da Ásia ou de qualquer parte do Mundo. A questão é que, sem se responder às necessidades básicas das populações, estejam elas onde estiverem, teremos sempre a aceitação de ações que para nós são inaceitáveis.

Companheiros e amigos,

Não chegámos hoje à luta contra as Alterações Climáticas e pela mitigação dos seus efeitos, agora que alguns interesses decidiram dar-lhe visibilidade. Já cá estávamos quando se falava do aquecimento global, estamos cá há décadas a falar e alertar para as alterações climáticas, nos órgãos de poder nacional e local.

A ação em defesa do ambiente por uma vida sadia e em harmonia com a natureza é a alternativa que temos, a única, para que seja possível atingirmos as grandes transformações sociais para avançarmos num futuro justo, livre e ambientalmente equilibrado.

Nestas Eleições para a Assembleia da República vamos fazer o que sempre fizemos. Com empenhamento, determinação com muito entusiasmo.

Está nas mãos de cada um de nós determinar como e onde chegará a nossa mensagem, o programa do PCP e os compromissos dos Verdes. Cada um de nós poderá determinar o número de pessoas com quem vai conversar, que irá esclarecer e que se esforçará para convencer que o único voto ecologista é na CDU.

Viva a CDU!
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