O começo desta “batalha” ecologista coincide com o início, na próxima segunda-feira, dia 28 de Novembro, da Conferência das Partes (países signatários do Protocolo de Quioto), que terá lugar em Montreal – Canadá e que irá, mais uma vez, fazer o ponto da situação em relação ao cumprimento das medidas previstas no Protocolo de Quioto, no sentido de travar as alterações climáticas.

Várias acções estão previstas no quadro desta campanha internacional, das quais destacamos desde já o ponto alto, que será realizado por todos os aderentes em desta rede, em diversos países do mundo, no sábado, dia 3 de Dezembro. Em Portugal, a acção será organizada pelo Partido Ecologista “Os Verdes”, membro desta rede, e decorrerá na Baixa Lisboeta (Rua Augusta), no período da manhã.

Esta iniciativa visa, por um lado, pressionar os Estados Unidos da América a assinar o Protocolo de Quioto, através da recolha de assinaturas que serão posteriormente entregues na embaixada dos Estados Unidos; por outro lado, visa defender em Portugal uma política de fomento do uso dos transportes públicos. Nesse sentido, “Os Verdes” vão incentivar os cidadãos à utilização dos transportes públicos, oferecendo 1000 bilhetes de metro e carris. Ao mesmo tempo, “Os Verdes” pretendem, através da recolha de assinaturas contra o aumento das tarifas dos transportes públicos, criticar a política até agora defendida pelo Governo nesta matéria, também. Estas assinaturas serão posteriormente entregues ao Governo português.

Relembramos ainda que “Os Verdes” apresentaram, no quadro do OE, um conjunto de medidas que visavam defender o uso do transporte público e diminuir o fenómeno das alterações climáticas, das quais destacamos as seguintes:

• Propostas de modo a criar incentivos fiscais à captação e produção de energias alternativas, bem como à aquisição de equipamentos tendo como objectivo a poupança energética, de forma a incentivar uma menor dependência do petróleo.
• “Os Verdes” defenderam que o Imposto Automóvel seja variável em função do desempenho ambiental do veículo, tendo em conta o tipo de combustível, as suas emissões poluente ou a presença de filtros de partículas, por forma a fomentar a aquisição de veículos menos prejudiciais à qualidade do ar e menos emissores de gases com efeito de estufa.
• “Os Verdes” propuseram a consignação de 3% do valor global da receita fiscal do imposto sobre produtos petrolíferos para financiamento directo do transporte público, no sentido de melhorar a qualidade de oferta. Propuseram ainda a dedução à colecta dos passes sociais, por forma a incentivar o uso do transporte colectivo como meio de deslocação nos movimentos pendulares.