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Comunicados 2011
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22/08/2011
TRÊS ANOS APÓS ÚLTIMO ACIDENTE MORTAL NO TUA
DEFESA DA LINHA FERROVIÁRIA E IMPACTES NEGATIVOS DA BARRAGEM SOBRE PATRIMÓNIO DA UNESCO LEVARAM A ENCONTRO DE “OS VERDES” COM SECRETÁRIO DE ESTADO DA CULTURA
Para que o desconhecimento não sirva de pretexto à falta de intervenção, uma delegação da Direcção Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, entregou hoje ao Secretário de Estado da Cultura, um dossier que visa dar a conhecer a Francisco José Viegas, pareceres, estudos e outros documentos, que ilustram o valor patrimonial da Linha e do Vale do Tua, e as potencialidades de desenvolvimento que os mesmos podem trazer à região.

Este dossier e esta reunião com o Secretário de Estado, visaram ainda alertá-lo para os impactes decorrentes da construção da Barragem de Foz do Tua, para o Alto Douro Vinhateiro (ADV) e a navegabilidade do Douro. Impactes negativos omitidos pelo anterior Governo e que podem vir a trazer graves problemas à Classificação do Alto Douro Vinhateiro, como Património Mundial, pela UNESCO.

Neste dia, 22 de Agosto de 2011, em que perfaz três anos sobre o último acidente mortal na Linha do Tua, “Os Verdes” apelaram, como forma de homenagem às vítimas da incúria em que a Linha do Tua foi sujeita, à intervenção do Secretário de Estado, para que seja colocado um ponto final na agressão que a Barragem consubstancia para estes valiosíssimos patrimónios (Linha e Vale do Tua e Alto Douro Vinhateiro) e para o desenvolvimento desta região.

“Os Verdes” deixaram ainda testemunhos ao responsável da tutela da Cultura, das numerosas violações das exigências legais, nomeadamente a não comunicação oficial à UNESCO dos impactes da Barragem, sobre a paisagem do ADV, os numerosos atropelos à transparência administrativa e aos procedimentos democráticos, que caracterizou todo o processo do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico, e as decisões relacionadas com a construção da barragem de Foz do Tua.

Nesta matéria, “Os Verdes” destacaram o procedimento seguido pelo IGESPAR, para arquivar o processo de classificação da Linha Ferroviária do Tua como Património de Interesse Nacional.

“Os Verdes” não deixaram, também, de alertar o Secretário de Estado da Cultura, para os custos inerentes para o país, mais concretamente para o bolso dos portugueses, decorrentes desta parceria público-privada, que irá contribuir para agravar a dívida externa.

“Os Verdes” chamaram ainda a atenção do Secretário de Estado para o facto de que a Linha do Corgo está integrada na Área de Paisagem classificada pela UNESCO e que esta entidade não foi oficialmente informada, ao exemplo do que aconteceu com a Barragem do Tua, de qualquer intervenção de fundo na mesma, tal como obriga a Convenção do Património.

O Gabinete de Imprensa do PEV
Lisboa, 22 de Agosto de 2011
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