André Martins frisou a grande afirmação do PEV nos últimos anos, um partido de vincada matriz ecologista com provas dadas em diversas áreas e sectores, por força de uma actividade permanente e continuada na defesa de princípios e valores cada vez mais reconhecidos pelas populações. Os ecologistas reafirmam a sua vontade, disponibilidade e determinação em abrir caminhos futuros no sentido de renovar a esperança e reconstruir a confiança dos cidadãos.

O Partido Ecologista “Os Verdes” é hoje um projecto ecologista que tem expressão a vários níveis na sociedade portuguesa, através das suas intervenções na Assembleia da República, Autarquias Locais, Conselho Nacional de Educação e Comissão Nacional de Eleições e também através de iniciativas próprias ou em conjunto com outros movimentos e organizações.

Neste momento de ressurgimento do “lobbie” nuclear e em que são cada vez maiores as pressões para a revitalização deste tipo de energia, o PEV defende a clarificação quanto à contabilidade inerente à sua utilização, incluindo informação sobre os custos relativos ao tratamento dos resíduos das centrais nucleares que são quase sempre esquecidos. É ainda obrigatório desmistificar a ideia de que a energia nuclear vai solucionar o eterno problema do sector dos transportes, o principal responsável pela emissão de gases com efeito de estufa. “Os Verdes” reafirmam mais uma vez, e nunca é demais repetir: NUCLEAR NÃO OBRIGADO!

O PEV acusa o Governo de negligenciar assuntos tão importantes como a energia e alterações climáticas, os principais desafios para o Séc. XXI. Verifica-se o contínuo abandono do sector dos transportes públicos e o encerramento de linhas ferroviárias, contrariando assim todos os princípios inerentes a uma verdadeira política sustentável de transportes. “Os Verdes” defendem uma séria aposta na ferrovia e na mobilidade suave e um forte investimento na tomada de medidas em defesa da poupança e da eficiência energética.

Ainda no âmbito da moção global, “Os Verdes” defenderam a construção de uma Europa mais democrática e fraterna, baseada na cooperação e solidariedade entre povos, recusando a imposição do Tratado Constitucional e reafirmando o seu total empenhamento no sentido de batalhar pela realização de um referendo que ouça a vontade dos povos.

A tónica foi também colocada na necessidade absoluta de uma conjugação de esforços à esquerda, de existência de uma plataforma de união – a CDU – da qual o PEV faz parte e que, pela sua força, incomoda Sócrates e o seu Governo.

Para “Os Verdes”, o Governo é um dos principais responsáveis pelo actual estado da economia em Portugal, apesar de querer desculpar-se com a crise internacional. No entanto, estas justificações não colam, pois os portugueses não esquecem que foi este Governo que, no início do mandado e ao arrepio de todas as promessas eleitorais, aumentou a carga fiscal, quebrando a dinâmica da economia portuguesa, e encerrou serviços públicos, desde a saúde à educação, contribuindo em larga escala para o aumento do desemprego. O PEV considera que estas são políticas transversais aos dois maiores partidos portugueses, PS e PSD.

“Os Verdes” lembram que há alternativa a esta bipolarização partidária e que fazem parte dessa alternativa. Para o PEV, há razões claras e concretas para que se continue a trabalhar no seio da CDU, contribuindo continuamente para a sua afirmação política e eleitoral com vista a encontrar soluções alternativas.

Nesta perspectiva, “Os Verdes” reafirmam a sua vontade e a sua determinação de individualmente e, ou, em conjunto com outras organizações e forças políticas, trabalhar para uma mudança política que dê novas e mais garantias de transformação da sociedade portuguesa no sentido progressista da vida e sobretudo na garantia de uma vida melhor.