Para “Os Verdes”, os últimos 3 anos foram marcados por uma acentuada aceleração na delapidação dos recursos naturais e pelo agravamento das injustiças sociais, realidade que marcou não só Portugal, como todo o planeta. Portugal é, como se sabe, o país da União Europeia com maiores desigualdades na distribuição de riqueza e um dos que tem maior número de população em risco de pobreza.

Para esta triste realidade contribuiu a actuação do nosso Governo que reduz pensões, privatiza serviços públicos, aumenta a carga fiscal e reduz salários ao mesmo tempo que mantém benefícios e ajudas astronómicas à banca. Foi este o Governo que assistiu às maiores contestações, desde militares, passando por alunos, professores, médicos e enfermeiros, uma vasta massa de contestatários que participou em greves gerais e sectoriais e que protagonizou das maiores manifestações já vistas em Portugal. Mas nem assim o Governo ouviu.

Determinados a perseguir um outro modelo de desenvolvimento, “Os Verdes” têm lutado para contribuir para a mudança necessária fazendo ouvir a sua voz de inúmeras formas: apresentando propostas em sede de Orçamento de Estado, rejeitadas sem excepção pela maioria socialista, lutando contra a aprovação do novo Código do Trabalho, excepcionalmente desfavorável ao trabalhador, defendendo a realização de um referendo em Portugal no sentido de ouvir a voz dos portugueses quanto ao Tratado Constitucional, só para citar alguns exemplos.

Tanto a nível institucional, através dos eleitos, como fora do nível institucional, “Os Verdes” têm tido uma actividade permanente e intensa, assumindo-se como um partido de matriz ecologista e com valores sociais de esquerda. O PEV quer um mundo para todos, onde caibam todos e onde não haja lugar para os “sem”, seja abrigo, seja trabalho, seja papéis.

O PEV tem sido incansável na denúncia de situações de gritante injustiça e de urgente intervenção, intervindo sobre matérias importantes para a qualidade de vida dos cidadãos e para o ambiente, como a segurança alimentar, a promoção da saúde pública, da eficiência energética, os resíduos ou a gestão territorial.

A intervenção do PEV tem crescido em todos os sentidos, com um reconhecimento cada vez maior no âmbito das autarquias locais, com a realização de diversas campanhas de sensibilização que percorreram o país inteiro e que levaram já à necessidade de duplicação da tiragem da Folha Verde, a Folha Informativa do PEV, com a publicação de uma nova linha editorial que pretende indicar pistas para conhecer a matriz ideológica de “Os Verdes”, as “Respostas Ecologistas”, com a afirmação definitiva da Ecolojovem-“Os Verdes” que possui já uma publicação própria, o Eco-Boletim, através do qual procura envolver os jovens na vida política e pública.

“Os Verdes” consideram que estes últimos 3 anos constituíram um período extremamente importante na sua vida. Foram palco de grandes saltos a todos os níveis, na afirmação do Projecto, no reconhecimento por parte das populações, na consolidação do Partido e no reforço da organização. “Os Verdes” têm fortes motivos para encarar o futuro com confiança e determinação e reafirmam o seu total empenho na construção da mudança necessária.