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Comunicados 2009
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19/06/2009
“OS VERDES” ACUSAM: POLÍTICA ENERGÉTICA DO GOVERNO É UM BALDE FURADO
O Partido Ecologista “Os Verdes” caracterizou a política energética do Governo como sendo um balde furado (apresentado pelo Deputado no plenário) que não resolve os problemas energéticos do país e do qual decorrem muitos impactes negativos para o ambiente e desenvolvimento.

“Os Verdes” acusaram o Governo, representado pelo Ministro do Ambiente, de optar por falsas soluções, das quais é exemplo o Programa Nacional de Barragens, que atendem fundamentalmente aos interesses económicos e negócios das grandes empresas do sector energético.

Mais uma vez “Os Verdes” contestaram veementemente a construção de doze novas barragens, nomeadamente a Barragem do Tua que, caso venha a ser concretizada, será um exemplo do desprezo do Governo pelo valiosíssimo património natural e cultural e irá comprometer irremediavelmente o desenvolvimento sustentável da região do Vale do Tua.

“Os Verdes” acusaram ainda o Governo de cumplicidade com a campanha de publicidade enganosa promovida pela EDP com o dinheiro dos portugueses (que pagam da energia mais cara da Europa) em defesa das barragens e que, segundo “Os Verdes”, pretende branquear os impactes desastrosos sobre a biodiversidade, para a qualidade das águas, sobre a erosão costeira, etc.… Os Deputados ecologistas consideram ainda que esta campanha visa abafar a contestação unânime do meio ambientalista e das populações que poderão vir a ser afectadas por estes mega projectos.

A inexistência de uma estratégia para o sector dos transportes, para a construção energeticamente eficiente e também na área das energias renováveis, especialmente a energia solar, área com grandes potencialidades no nosso país mas para a qual o Governo acordou tarde apresentando um programa que continua a excluir as PME’s, foi outra das acusações dos Deputados ecologistas salientada nesta interpelação. Esta ausência de actuação deixa sem resposta os desafios colocados pelas alterações climáticas e o cumprimento dos compromissos já assumidos no quadro do Protocolo de Quioto, no que diz respeito à redução das emissões de CO2.

“Os Verdes” demonstraram ainda como com o mesmo volume de investimento previsto para as barragens, 3 mil milhões de euros, seria possível, em menos tempo, com um retorno económico mais rápido e de forma mais eficiente, através de medidas de poupança e eficiência energética nos edifícios e nos transportes, contribuir para a redução da nossa dependência energética do exterior (Portugal é o sexto país na UE que mais importa energia – 86%) e para o combate às alterações climáticas de forma mais efectiva do que com o Programa Nacional de Barragens, instando o Governo a corrigir as prioridades.

Os Deputados de “Os Verdes” consideraram ainda que o Ministro do Ambiente, ao não responder às perguntas que lhe foram colocadas, deixa mais uma vez transparecer, claramente, a inércia da sua pasta numa área que tantas implicações tem no ambiente, no desenvolvimento sustentável e no ordenamento do território.

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