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03/09/2008 |
ACIDENTE DO TUA – PS ESQUIVA-SE A DEBATE NO PARLAMENTO MAS VERDES NÃO DEIXARÃO QUE A CULPA MORRA SOLTEIRA |
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O Grupo Parlamentar do Partido Ecologista “Os Verdes” não pode deixar de lamentar que a Conferência de Líderes de hoje não tenha aceitado agendar para a próxima Comissão Permanente da Assembleia da República a vinda do Ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações para prestar esclarecimentos em relação à estranhíssima sucessão de acidentes na linha férrea do Tua conforme foi proposto por “Os Verdes”.
Lamentamos os argumentos da falta de tempo, e principalmente o da necessidade de esperar pela conclusão do relatório final deste último acidente, conforme levantou o Governo, argumento que não colhe minimamente atendendo a que não está em causa apenas um acidente (já são quatro em ano e meio!), nem este último acidente em particular, mas sim a inédita sucessão de tantos acidentes numa mesma linha, que continuam a aguardar cabal esclarecimento, bem como a ameaça de encerramento da mesma linha por causa da barragem pretendida pela EDP para a foz do rio Tua e a escolha entre opções estruturantes de desenvolvimento para o nordeste Transmontano.
Os Verdes acham, inclusivamente estranho que o Governo não sinta necessidade de vir à Assembleia prestar todos os esclarecimentos.
Se “Os Verdes” e o país esperassem que o relatório do último acidente fosse divulgado para discutir esta questão, a avaliar pelo ano e meio que demorou e custou, em sucessivas interpelações e pressões ao Governo feitas por esta bancada parlamentar, a obter os relatórios do primeiro acidente, só na próxima legislatura é as discutiríamos (possivelmente já com outro Ministro…)!
Contudo, “Os Verdes” levarão este assunto à próxima reunião da Comissão Permanente, e vão requerer, mais uma vez, a vinda do Sr. Ministro ao Parlamento onde continuarão a bater-se pelo integral esclarecimento dos acidentes e pela manutenção deste património único que é o Vale e da linha do Tua e a porta aberta que constituem para o desenvolvimento e ligação daquela região ao resto do país.