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Comunicados 2009
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01/09/2009
BRAGANÇA E REDE FERROVIÁRIA - REACÇÃO DE “OS VERDES” ÀS DECLARAÇÕES DO CANDIDATO DO PS, MOTA ANDRADE
As declarações do Cabeça de Lista do PS às Eleições Legislativas pelo Círculo Eleitoral de Bragança, Mota Andrade, divulgadas pela Comunicação Social, relativas ao transporte ferroviário do Nordeste Transmontano, merecem os seguintes comentários de “Os Verdes” e da sua dirigente, Manuela Cunha, cabeça de lista da CDU, pelo Círculo Eleitoral de Bragança às Eleições Legislativas:

1º. Com o Partido Socialista, o Distrito de Bragança e nomeadamente a sua capital, nunca serão servidos pelo transporte ferroviário, continuando, com Viseu a serem actualmente as únicas capitais de Distrito que não têm comboio. Bragança continuará, assim, isolada da Rede Ferroviária Nacional e sem acesso ferroviário à sua vizinha Espanha, aqui mesmo ao lado;

2º. Com o PS, a Linha do Tua nunca mais voltará a funcionar e o desmembramento das Linhas ferroviárias transmontanas iniciado pelo PSD nos anos 90, será acabado pelo PS;

3º. Mota Andrade, demonstra nas suas declarações desconhecer a realidade ferroviária do Distrito pelo qual se candidata, quando afirma “ninguém pode gastar milhões e milhões para andar com um comboio a transportar duas pessoas de manhã e outras duas à tarde” (Lusa). Estas palavras do deputado, devem com certeza referir-se à Linha do Tua (quando em funcionamento) e à do Douro, visto serem as únicas actualmente a servirem o Distrito de Bragança. Ora, segundo dados oficiais, apresentados aquando dos inquéritos aos acidentes da Linha do Tua, no ano de 2006 esta Linha teve cerca de 42000 passageiros, o que dá uma média de 114 passageiros por dia. Sendo que nos meses de Verão (Julho, Agosto e Setembro), a Linha teve 172 passageiros, o que dá uma média de 30 passageiros por viagem, o que equivale à lotação quase total do comboio. Isto com horários que não vão ao encontro das necessidades das populações, nem do próprio turismo e sem qualquer divulgação turística por parte dos organismos oficiais, tanto a nível nacional, como no estrangeiro.

4º. O desconhecimento relativo à problemática ferroviária do Distrito de Bragança, parece ser uma característica dos candidatos da Lista do Partido Socialista, visto que as declarações proferidas pelo Cabeça de Lista Mota Andrade, já tinham sido antecedidas por declarações do mesmo teor, por parte do 2º da Lista, Luís Vaz;

5º. Sobressai destas afirmações, a preferência e opção do PS pela rede rodoviária.

“Os Verdes” e a sua dirigente e cabeça de lista da CDU às Eleições Legislativas, pelo círculo eleitoral de Bragança, Manuela Cunha, gostariam ainda, face às declarações proferidas por Mota Andrade e divulgadas pela Comunicação Social, de que “ninguém faz a ferrovia se não houver pessoas” e que “o que a região necessita é de uma boa rodovia” (Lusa), que o candidato explicasse as razões da sua preferência e do seu Partido pela rodovia em detrimento da ferrovia, quando esta é mais cara, ambientalmente e energeticamente menos correcta, tem mais impactes no território e contribui menos para a fixação das populações no interior.

O Partido Ecologista “Os Verdes”
1 de Setembro de 2009

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