Pesquisa avançada
Início - Comunicados - Comunicados 2005
 
 
Comunicados 2005
Partilhar

|

Imprimir página
24/08/2005
Os Fogos Agravam Emissões de CO2 numa Floresta à Deriva
“Os Verdes” estão profundamente preocupados com os níveis de emissões de gases com efeito de estufa decorrentes da dimensão que os incêndios florestais atingem, provocando uma subida considerável da libertação de CO2.

Esta libertação de CO2 proveniente dos fogos florestais vem contribuir para que Portugal se afaste ainda mais dos seus compromissos internacionais de redução de gases com efeito de estufa, redução que os sucessivos Governos têm sido incapazes de garantir, designadamente pela diminuta importância que têm atribuído ao sector dos transportes e da energia como sectores prioritários de intervenção para garantir o combate às alterações climáticas.

Assim, “Os Verdes” consideram que o Governo deve rapidamente proceder ao levantamento quantitativo dos níveis de emissões que já foram libertadas com os fogos florestais de 2005, informação que o Grupo Parlamentar “Os Verdes” vai querer obter assim que se inicie a próxima sessão legislativa, em Setembro.

Ainda sobre a questão climatérica, importa realçar que é tempo que cada Governo deixe de assumir em cada ano problemático que estamos perante um ano absolutamente excepcional em termos climáticos. O Governo já deveria saber que estas “ondas” de calor prolongado e intenso, relacionados com períodos prolongados de seca, já não são uma excepção, mas tenderão antes a ser cada vez mais frequentes – assim ditam os relatórios e estudos que se debruçaram sobre os efeitos das alterações climáticas em Portugal.

Nesse sentido, “Os Verdes” consideram que é tempo que o Governo pare de se escudar nas condições climatéricas, e perceba que as causas estruturais da dimensão dos fogos florestais em Portugal (que o Sr. 1º Ministro quer discutir depois, mas que estão mais que discutidas, debatidas, reflectidas e apontadas) se encontram em políticas que fomentaram o abandono do mundo rural, o abandono da agricultura, o desordenamento florestal, designadamente quanto ao seu vasto povoamento de resinosas, a má gestão florestal, gestão que nem consegue ter por base um cadastro da propriedade florestal actualizado.

Uma floresta à deriva só pode dar, ano após ano, em tragédias como a que, infelizmente, vivemos mais este Verão. A responsabilidade política não pode ser atribuída ao clima. Para esse os responsáveis políticos já tinham obrigação de se ter preparado há muito tempo!!

O Gabinete de Imprensa
Lisboa, 24 de Agosto de 2005

Voltar