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Comunicados 2010
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20/02/2010
SOBRE A SITUAÇÃO QUE SE VIVE NA MADEIRA
"Os Verdes" lamentam profundamente a situação dramática que se está a viver na Madeira, decorrente das fortes intempéries que assolaram esta ilha, manifestam o seu profundo pesar pelas já dezenas de mortes ocorridas e solidarizam-se com todos aqueles que foram e estão a ser afectados por este drama. O PEV demonstra, desde já, toda a sua disponibilidade para apoiar e viabilizar toda a espécie de apoios que seráo necessários para ajudar a população da Madeira. Face ao drama, já mais que visível, o governo português não deve tardar a declaração de estado de emergência de modo a que rapidamente sejam accionados mecanismos de apoio de fora das nossas fronteiras, designadamente ao nível europeu.

O PEV saúda o trabalho da protecção civil da Madeira, mas considera que não pode tardar a deslocação de uma equipa considerável da protecção civil do continente para prestar os auxílios humanos necessários numa situação destas. Essa equipa da protecção civil do continente não deve ficar dependente da chegada do 1º Ministro e do Ministro da Administração Interna à Madeira, e da avaliação que estes governantes façam da situação, porque a questão é, por de mais evidente, muitíssimo grave.

Primeiro as pessoas, o auxílio devido, os apoios necessários a salvar o que ainda pode ser salvo e a restabelecer uma situação de normalidade... mas imediatamente depois, não se pode esquecer esta grave ocorrência sem retirar daqui ilacções. Por isso, o PEV reafirma que o fenómeno das alterações climáticas levará a que situações de intempéries extremas ocorram com mais frequência e que o país não está a ter em conta esse facto. O país precisa de se prevenir contra esta realidade e adoptar medidas que atenuem os efeitos dessas catástrofes naturais.

Em relação ao que se está a passar na Madeira, é visível que as intervenções hidráulicas que têm decorrido nas linhas de água desta ilha e em toda a faixa litoral vieram agravar os efeitos da intempérie. Mais, é fundamental repensar todos os erros de ordenamento territorial e urbanísticos que se têm permitido em prol de interesses privados e que têm, depois, efeitos devastadores em situações desta natureza. É fundamental que o poder político da Madeira fique consciente de que as intervenções ambientais têm reflexos directos na própria segurança das populações.

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