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02/06/2010
Votos de condenação pelo ataque de forças israelitas contra uma frota de ajuda humanitária que se dirigia à Faixa de Gaza
Intervenção do Deputado José Luís Ferreira
- Assembleia da República, 2 de Junho de 2010 -
 
 
 
Sr. Presidente, Srs. Deputados: Os Verdes subscrevem, juntamente com o Partido Socialista, com o Bloco de Esquerda e com o Partido Comunista Português, um dos votos de condenação — até diria que é o único voto de condenação que foi apresentado, porque o outro voto, de condenação, só tem a designação, nem sequer o título — pelo ataque das forças israelitas contra uma pequena frota de ajuda humanitária a Gaza, em águas internacionais.
Gostava de aproveitar para saudar as organizações que promoveram a concentração que se realizou hoje, ao fim do dia, junto à embaixada de Israel, em Lisboa, numa acção de protesto pelo sucedido, mas também os cidadãos que nela participaram.
De facto, o vergonhoso ataque militar israelita contra os barcos de uma iniciativa de ajuda humanitária à população palestiniana na Faixa de Gaza, que — recorde-se — transportava bens de primeira necessidade e outros materiais de resposta às necessidades daquela população, que feriu e matou pessoas, constitui mais um crime cometido pelo Estado de Israel e exige a mais clara e firme condenação.
O Estado de Israel continua à margem e em claro confronto com o direito internacional e continua a ocupar os territórios palestinianos, apesar das várias resoluções das Nações Unidas de condenação dessa atitude.
Numa altura em que a violência israelita volta novamente a ser notícia, é também altura de exigir o respeito pelas resoluções das Nações Unidas e a materialização do direito do povo palestiniano a um Estado independente e soberano, o que passa, nomeadamente, pela retirada de Israel dos territórios palestinianos, pelo levantamento do bloqueio à Faixa de Gaza, pelo desmantelamento dos colonatos, pela resolução do problema dos refugiados, no âmbito do respeito dos direitos de regresso. Assim haverá paz na região. De outra forma, dificilmente se conseguirá.
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